quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Holocausto judeu

Ontem, 21 de abril, a comunidade judaica parou dois minutos para lembrar as vítimas do Holocausto judeu, acontecido durante a Segunda Guerra Mundial. Os números apontam para entre 5 e 6 milhões de judeus exterminados durante o conflito.
Os judeus não foram os únicos a sofrer a tentativa de extermínio. Comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes motores, deficientes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu, além de ativistas políticos, Testemunhas de Jeová, alguns sacerdotes católicos, alguns membros mórmons e sindicalistas pasasram também por perseguição e extermínio.

Em relação aos judeus, o Holocausto é mais marcante por terem sido o principal alvo de Hitler e sua campana de extermínio, a chamada: “solução final”. No princípio, Hitler não havia programado o extermínio. A idéia era mantê-los presos em campos de concentração. Em dezembro de 1941 foi implementada a campanha exterminadora.

Os campos de concentração
Quando na chegada a estes campos, os prisioneiros eram divididos em dois grupos: aqueles que eram muito fracos para trabalhar eram imediatamente assassinados em câmaras de gás (que por vezes eram disfarçadas com chuveiros) e seus corpos eram queimados, enquanto que os outros eram primeiro usados como escravos em fábricas e empresas industriais localizadas nas proximidades do campo.

Os alemães também organizavam grupos de trabalho auto-sustentável entre os prisioneiros para trabalhar na destruição dos cadáveres e na colheita de certos elementos. Cinco campos — Belzec, Chelmno, Maly Trostenets, Sobibor, e Treblinka II — foram usados exclusivamente para o extermínio.

Funcionalismo versus Intencionalismo
Um tema frequente nos estudos contemporâneos sobre o Holocausto é a questão de funcionalismo versus intencionalismo. Os intencionalistas acham que o Holocausto foi planeado por Hitler desde o início. Funcionalistas defendem que o Holocausto foi iniciado em 1942 como resultado da falha da política nazista de deportação e das iminentes perdas militares na Rússia. Eles dizem que as fantasias de exterminação delineadas por Hitler em Mein Kampf eram mera propaganda e não constituíam planos concretos (curiosamente esta foi também a estratégia da argumentação da defesa dos nazistas perante os julgamentos de Nuremberg).

Outra controvérsia relacionada, foi iniciada recentemente pelo historiador Daniel Goldhagen, que argumenta que os alemães em geral sabiam e participaram com convicção no Holocausto, que teria a sua origem num antissemitismo alemão profundamente enraizado. Goldhagen vê na Igreja cristã uma origem desse anti-semitismo. No entanto, houve alguns casos de alemães que recusaram participar nas matanças maciças e outros crimes e que não foram punidos em forma nenhuma pelos nazistas. Alemães casados com judeus que optaram por se manter com o seu companheiro permaneceram não-castigados e suas esposas judias sobreviveram.

Revisionistas e negadores
Algumas pessoas que duvidam do Holocausto são classificadas como Revisionistas do Holocausto. Esses pesquisadores afirmam que muito menos de seis milhões de judeus tiveram seus últimos dias nos campos de concentração e que as mortes não foram o resultado da política deliberada dos alemães. Já outros grupos, denominados pelos judeus de Negadores de holocausto alegam que o Holocausto definitivamente nunca existiu. Ambas as teses são normalmente acompanhadas de números que entram em choque com os números amplamente aceitos. Em alguns países, como a França, Alemanha, Áustria, Suíça e Israel, o revisionismo é crime. Em outros, como Canadá, Austrália e Brasil são passíveis de outras sanções. Nesse último, o Brasil, o revisionismo é associado ao anti-semitismo e este foi considerado uma forma de racismo, crime hediondo, que segundo o parecer jurídico do Supremo Tribunal Federal sujeita o infrator à pena máxima.

Recomendo o endereço eletrônico - http://www.maozisrael.com.br/holocausto/img_holotrans.htm para que veja sobre o Holocausto

Crédito da foto: Peter Andrews/Reuters

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